quarta-feira, 24 de setembro de 2014

OMS pede mobilização pelo fim da Violência Obstétrica!! #VOBR2014





Eu bem que disse que a Primavera chegou soprando bons ventos! 

Na segunda, boas notícias em relação ao processo de humanização do Hospital da Mulher, em Santo André e a permissão da entrada de Doulas na instituição!

E ontem (23/09/2014) a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou o documento "Prevenção e eliminação de abusos, desrespeito e maus-tratos durante o parto em instituições de saúde" (clique no link para ler o documento na íntegra), uma Declaração Oficial traduzida para apenas 5 línguas, entre elas o português. Por que será, héin?

O documento inicia com um tom de chamamento: "Esta declaração convoca maior ação, diálogo, pesquisa e mobilização sobre este importante tema de saúde pública e direitos humanos". 

E é isso que as feministas e ativistas pelo parto humanizado estão fazendo: organizou-se uma ação de mobilização nas mídias sociais, por meio da hashtag #VOBR2014, para disseminar ao maior número de pessoas, instituições, profissionais, mulheres e famílias essa Declaração, que já pode ser considerada um marco na luta contra a violência obstétrica!

A Declaração da OMS enfatiza que:

"Os abusos, os maus-tratos, a negligência e o desrespeito durante o parto equivalem a uma violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres, como descrevem as normas e princípios de direitos humanos adotados internacionalmente. Em especial, as mulheres grávidas têm o direito 
de serem iguais em dignidade, de serem livres para procurar, receber e dar informações, de não sofrerem discriminações e de usufruírem do mais alto padrão de saúde física e mental, incluindo a saúde sexual e reprodutiva."

Para garantir um direito humano tão básico, o documento aponta 5 medidas a serem implementadas:

1.  Maior apoio dos governos e de parceiros do desenvolvimento social para a pesquisa e ação contra o desrespeito e os maus-tratos

2. Começar, apoiar e manter programas desenhados para melhorar a qualidade dos cuidados de saúde materna, com forte enfoque no cuidado respeitoso como componente essencial da qualidade da assistência 

3. Enfatizar os direitos das mulheres a uma assistência digna e respeitosa durante toda a gravidez e o parto

4. Produzir dados relativos a práticas respeitosas e desrespeitosas na assistência à saúde, com sistemas de responsabilização e apoio significativo aos profissionais

5. Envolver todos os interessados, incluindo as mulheres, nos esforços para melhorar a qualidade da assistência e eliminar o desrespeito e as práticas abusivas.

Dessas, a 5ª medida - creio eu - é a mais relevantes, pois só envolvendo toda a sociedade na discussão, incluindo médicos, crianças, pais, professores de medicina -  e do ensino básico também -, governantes etc., é que será possível alcançar uma mudança nessa cultura da violência que se instalou em torno da gestação, parto e maternagem!

Pode me chamar de Poliana, mas esse é ou não é um sinal claro de que o ativismo e a perseverança realmente funcionam? 

"Bora" aproveitar os ventos da Primavera para semear com mais força essa ideia? Então ajude a divulgar o documento e a hashtag #VOBR2014!

Avante, que o caminho é longo e a vida é curta!

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