A energia que me trouxe até aqui e me arrebatou para a causa da humanização do parto impede que meus olhos se acostumem com esse tipo de situação. A indignação permanece em mim e se transforma em força para buscar outros caminhos, outros olhares.
A minha presença nos partos que acompanho reverbera nos profissionais que estão comigo uma energia de respeito, admiração, carinho e amor por essa mulheres que escolheram - ou não - gerar novas vidas.
As mulheres sabem parir. Os bebês sabem nascer. Os que nascem respeitados, respeitam. Os que nascem em paz, semeiam a paz. Os que são amados, amam - a si e ao próximo. Os profissionais da obstetrícia têm plena consciência disso e respeitam o momento sagrado do nascimento, o direito da mulher de parir e o direito do bebê de ser parido, em paz.
Cada novo ser humano que vê a luz pela primeira vez e dá o seu primeiro suspiro de vida o faz no colo de sua mãe, aquecido por sua pele, respeitado no mais primordial dos direitos: o de ter uma experiência de parto positiva, que representa uma transição tranquila, amorosa, respeitosa - e tudo isso é reflexo de uma sociedade também amorosa e respeitosa com todos os seres humanos, incondicionalmente.
E eu estou viva para presenciar esse glorioso momento da humanidade.
Axé
Amém
Que assim seja
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