sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Nasceu uma doula!

Agora é oficial!

Em um hospital de São Paulo, às 00h57, do dia 19 de setembro de 2014, após mais ou menos uns 28 anos de gestação e 10 horas em trabalho de parto, nasceu a Raquel Doula! 

O corpo dói, mas a mente finalmente descansa com a certeza de ter encontrado o caminho em que mais e mais partos vão me trazer para mais perto do meu verdadeiro eu: feminina, serena, cuidadosa... doula.

A mãe que me pariu não poderia ser outra: A T.* e eu nos achamos logo no meu primeiro dia de voluntariado. Até fui acompanhada de uma doula mais antiga de casa, mas nosso entrosamento se deu na primeira massagem nas costas, no primeiro abraço durante uma contração. A partir dali eu soube: só sairia dali após ver o nascimento do bebê G.*. 

Cada massagem durante as ondas das contrações, cada carinho, afago e cafuné nos intervalos nos fazia mais próximas. E em poucas horas parecia que já nos conhecíamos a mil anos. Confiávamos uma na outra, apesar das duas serem tão inexperientes: primeiro bebê, primeira vez parindo, primeira vez como doula (após o curso de formação pelo menos... antes ensaiei com a minha cunhada linda, amiga, irmã e companheira de lutas!! Foram os pródromos para o meu nascimento!! :D ).

Eu acreditei nela e a cada puxo, incentivando, encorajando, acolhendo e acariciando ela acreditou em mim também. Não podia deixa-la e não a deixei!

Não foi perfeito, porque apesar de tudo algumas intervenções aconteceram: episio, campleamento precoce do cordão, bebê afastado da mãe por quase duas horas. Ficou uma sensação de que poderia ter feito mais... mas uma certeza de que foi o melhor que poderíamos ter feito, dadas as circunstâncias em que estávamos.

Uma conclusão: parir é um trabalho. E o que fazemos antes de trabalhar? Estudamos

Uma certeza: para parir é preciso estudar... e muito! Se conhecer, conhecer as possibilidades. Só o conhecimento cura a ignorância de alguns médicos que acreditam que o corpo feminino é incapaz!

Ao final, com um abraço carinhoso e apertado, falei em seu ouvido:

- "T., nunca vou te esquecer!"

E ela:

- "Eu também não!"

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