terça-feira, 23 de setembro de 2014

Doulas no Hospital da Mulher? Agora pode!

Doulas, militantes, pais e crianças! Todos reunidos em um manifesto pacífico pela humanização do parto no ABC. 


E os bons ventos da Primavera trouxeram ótimas notícias relacionadas à humanização do parto no ABC, Região Metropolitana de São Paulo.

O Hospital da Mulher Maria José Santos Stein, em Santo André, recebeu ontem (22/09/2014) a visita de militantes da humanização do parto, representantes do Maternamente gestantes, doulas, casais e crianças. Tod@s buscando diálogo e esclarecimentos relacionados à demanda da humanização da instituição, levantada no Orçamento Participativo Digital do município.

O caminho é árduo, mas nada que vem fácil costuma ser duradouro, concorda?

Acredito (sério, acredito mesmo) que a situação que vivemos hoje no Brasil, de altas taxas de césareas, episiotomias, violência obstétrica, só alcançará uma real mudança a partir do momento que as pessoas se engajarem, conhecerem seus direitos e lutarem por ele. E o SUS é um direito!

Mas isso é muito complicado de se conseguir se na primeira dificuldade acontecer uma debandada para o sistema privado de saúde, assim como acontece com a educação. Não é lá que está a humanização. Pelo contrário, no sistema privado a saúde é vista como produto, não como um direito.
Deve ser por isso que gosto mais das palavras humanização, democratização... porque denotam movimento, o caminhar, o buscar, uma ação, algo que é construído no porvir, horizontalmente e não que se impõe de forma verticalizada e definitiva.

O Hospital da Mulher está perseguindo esse ideal e a boa notícia é que a partir de agora as doulas terão sua entrada permitida por lá, junto à gestante e ao seu acompanhante. Isso mesmo, nada de ficar revezando. É um pequeno passo, mas que já garante que a mulher terá mais uma voz do seu lado, mãos para garantir o apoio e o carinho que ela necessita nessa hora tão sagrada.

A superintendente do hospital, Dra. Rosa Maria Pinto de Aguiar, garantiu também que a instituição passará a divulgar os índices de cesárea e episiotomia.

Falta ainda a reciclagem dos profissionais que lá atuam, a descentralização do parto para que a figura do médico só esteja presente em um cenário de real necessidade e não em todos os partos como acontece hoje, encontros educativos periódicos para as mulheres atendidas no local.

Enfim, falta muito e por isso mesmo as energias se renovam, para continuar na luta, sempre em movimento! 

Avante, que a vida é curta e o caminho é longo!

2 comentários:

  1. Um passo de cada vez e chegaremos lá!

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  2. Adorei Raquel! Além do prazer de te conhecer e estar ao seu lado, faço minhas as suas palavras qndo dizes que SUS é um direito e por isso estamos buscando um serviço de excelência.
    Gratidão.

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Gratidão por comentar! :)